Projeto A-VÓS

 
A-VÓS foi o nosso primeiro projeto contemplado pelo Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo em 2016 (21ª Edição). O que significou um importante momento na trajetória da companhia, possibilitando a continuidade, aprofundamento de nossa pesquisa artística e viabilizando a criação de um novo espetáculo, a circulação de trabalhos anteriores, além da realização de ações voltadas à formação e à integração e troca com outros artistas e grupos.

 

 

 

 

 

Cartaz da Temporada do espetáculo A-VÓS

Processo de criação de A-VÓS/ Crédito: Mônica Cardim

 
Com este projeto continuamos a pesquisa de criação artística iniciada de forma independente em 2015 pelos artistas  Kanzelumuka, Murilo De Paula e Fredson Cunha, resultando na estreia e temporada do espetáculo A-VÓS (2017), com orientação artistica de Sayonara Pereira e a participação especial dos artistas Paulinho Gama e Adelita (avós de Murilo De Paula). 
 
Dança-homenagem àqueles que nos precederam, aos pais de nossos pais e aos nossos ancestrais míticos, em A-VÓS partimos das memórias que guardamos de nossos mais velhos, assim como das corporeidade presente em seus ofícios - a marcenaria, o bordado, o canto e a alfaiataria. A constituição da linguagem do espetáculo se deu a partir da partilha das experiências de cada um dos criadores, tornando-se centrais em nosso trabalho cotidiano as práticas a partir das danças de minkisi, em especial dos ngangas (sábios, anciãos),  práticas e princípios da dança butô e do boe tu paru (bater os pés) através da pesquisa sobre o ritual de morte dos índios Bororo, partilhada por Fredyson Cunha.

 

Cartaz da Circulação nos Parques Públicos

Minha Cabeça me Salva ou me Perde - Pq. da Água Branca/ Crédito: Mônica Cardim

Brevidade - Pq. da Àgua Branca/ Crédito: Mônica Cardim

 
O Projeto A-VÓS também contemplou a circulação da intervenção coreográfica Minha Cabeça me Salva ou me Perde (Nave Gris com participação dos artistas da dança Ciça Coutinho e Fredyson Cunha) e do espetáculo solo Brevidade (Fredyson Cunha) pelos parques públicos Dr. Fernando Costa - Parque da Água Branca, Chácara do Jockey e Parque Linear da Consciência Negra, proposição que intencionava ampliar o público para além do espectador de dança, atingindo o público espontâneo, frequentadores desses espaços.

 

Cartaz II Encontro Mulheres Negras na Dança

Abertura do II Encontro - Performance Leite Derramado/ Crédito: Murilo De Paula

Workshop Dança Negra Contemporânea/ Crédito: Carlos Massingue

 
Realizamos também o II Encontro Mulheres Negras na Dança, elaborado a partir da experiência do I Encontro (2015, contemplado pelo ProAC Culturas Negras), realizado no Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo (CRDSP) e que proporcionou uma potente troca artística de relevância cultural e política no reconhecimento e  construção da memória de artistas negras atuantes na dança, assim como a partilha e fortalecimento de seus fazeres, obras e experiências poéticas.