Encontro Mulheres Negras na Dança

 

Os Encontros Mulheres Negras na Dança são ações periódicas idealizadas e realizadas pela Nave Gris Cia Cênica que têm por objetivo proporcionar a experiência estética, o contato e a troca entre artistas negras da dança e o público, constituindo um espaço para pensar e visibilizar a presença de criadoras, artistas-pesquisadoras e professoras negras no contexto das danças cênicas, fortalecendo dessa forma uma rede de criadoras com a participação de representantes das diversas gerações e experiências artísticas. 
 
Nas duas edições já realizadas buscamos cruzar a fruição de obras cênicas com ações formativas e espaços para o debate e constituição de memória. As programações foram composta por oficinas, rodas de conversa, exposição e espetáculos de artistas negras que possuem trabalhos autorais em dança, buscando criar, desta forma, um espaço propício para refletir sobre os lugares ocupados por essas artistas na construção das expressões artísticas e da história da dança nacional, sobre as temáticas, questões e matérias que as inspiram e as dificuldades e estratégias para integrarem o mercado artistico e cultural, ainda  marcado pela perspectiva hegemônica.

 

 

Encontro Mulheres Negras na Dança (2015) - 1ª Edição



 
O Encontro Mulheres Negras na Dança, foi realizado com financiamento público através do Concurso de Apoio a Projetos de Proteção e Promoção das Culturas Negras no Estado de São Paulo - ProAC nº 29/2014.  As ações aconteceram em São Paulo e em Taboão da Serra entre os dias 04 a 07 de junho de 2015 em parceria com o Espaço Clariô e Espaço CITA (Cantinho de Integração de Todas as Artes). 
O encontro lançou o olhar sobre a multiplicidade de experiências e produções artísticas em dança contemporânea realizadas por artistas negras de diferentes gerações. As rodas de conversas, oficinas e espetáculos revelaram diversas perspectivas sobre o fazer artístico, com materiais, estéticas e temáticas diversas, abarcando relações com a tradição afro-brasileira; o tanztheater alemão e as memórias pessoais; o corpo anônimo e marginalizado ou ainda o corpo que vive a experiência da periferia e reverbera suas indignações sociais e pessoais. 
A partir da perspectiva artística, a Nave Gris propôs um diálogo sobre as questões étnico-raciais e de gênero presentes nas obras, fazeres e/ou trajetória profissional das artistas convidadas.

 


Ficha técnica Encontro Mulheres Negras na Dança (2015)

 
Coordenação, concepção e pesquisa: Nave Gris Cia. Cênica
Convidadas para a Roda de Conversa e Debate: Eliana de Santana, Gal Martins e Sayonara Pereira 
Mediação Roda de Conversa: Kanzelumuka
Ministrante Laboratório Dança da Indignação: Cia. Sansacroma (Gal Martins com apoio de Djalma Moura)
Ministrantes Oficina Dança Negra Contemporânea: Nave Gris Cia. Cênica (Kanzelumuka, Murilo De Paula, Leandro Perez e Sandro Lima)
Espetáculo Afro Margin: E² Cia. de Teatro e Dança
Espetáculo Dikanga Calunga: Nave Gris Cia. Cênica
Espetáculo Unterweg(s): Grupo LAPETT
Locais do Encontro - 
Roda de conversa e espetáculos: Espaço Clariô (Taboão da Serra/SP)
Oficinas de dança: Espaço CITA - Campo Limpo (São Paulo/SP)
Registro audiovisual e edição: Carlos Massingue
Assessoria de imprensa: André Moretti
Produção executiva: Julia Pires
Realização: Governo do Estado de São Paulo e Nave Gris Cia. Cênica

 

I Encontro_Oficina Dança da indignação/ Crédito: Carlos Massingue

I Encontro_Espetáculo Dikanga Calunga/ Crédito: Carlos Massingue

Abertura do I Encontro - Roda de Conversa

I Encontro - Participantes / Crédito: Carlos Massingue

II Encontro Mulheres Negras na Dança (2017)



 
O II Encontro Mulheres Negras na Dança, uma das ações que integraram o Projeto A-VÓS, foi realizado com subvenção da 21ª Edição do Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo. Nesta segunda edição pudemos potencializar e aprofundar o conceito e propósitos da ação a partir da experiência anterior, ampliando e propondo novas experiências.
O II Encontro aconteceu no Centro de Referência da Dança da cidade de São Paulo (CRDSP), região central de São Paulo e recebeu um público diversificado, formado por pessoas ligadas à dança e a outros campos de atuação, vindas das mais diversas regiões da cidade.  Além de espetáculos e oficinas, o evento contou também com a Exposição Mulheres Negras na Dança que homenageou as bailarinas convidadas das duas edições do Encontro. E também o Arquivo Vivo, que tinha por objetivo realizar um mapeamento das artistas negras atuantes na cidade de São Paulo.
Pela realização do II Encontro Mulheres Negras na Dança fomos contemplados com o Prêmio Denilto Gomes 2017 (categoria Projeto de Dança) e indicados ao APCA Dança 2017 na categoria Projeto/Programa/Difusão/Memória, evidenciando a importância cultural e política deste evento, que tem afirmado seu espaço na agenda cultural da cidade.

 


Ficha técnica II Encontro Mulheres Negras na Dança (2017)

 
Coordenação, concepção, pesquisa e curadoria:  Kanzelumuka e Murilo De Paula
Colaboração: Fredyson Cunha
Artistas convidadas e homenageadas: Ana Musidora, Ciça Coutinho, Cristina Matamba, Deise de Brito (Núcleo Vênus Negra), Eliana de Santana, Gal Martins, Kanzelumuka, Paula Salles (Ouvindo Passos Cia de Dança),  Renata Lima (Núcleo Coletivo 22), Sayonara Pereira e Verônica Santos
Fotógrafa da exposição: Mônica Cardim
Design gráfico e expografia: Caco Bressane
Registro audiovisual e edição: Carlos Massingue
Assessoria de imprensa: Iara Filardi
Coordenação de produção: Rochele Beatriz (Guria QProduz)
Produção executiva: Antônio Franco
Supervisão técnica de luz e som: Diogo Cardoso
Apoio: Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo, Cooperativa Paulista de Teatro e Cooperativa Paulista de Dança
Realização: Nave Gris Cia. Cênica, Guria QProduz, Programa Municipal de Fomento à Dança e  Secretaria Municipal de Cultura

 

Exposição Mulheres Negras na Dança/ Crédito: Carlos Massingue

Espetáculo Conhece-te a ti mesmo/ Crédito: Carlos Massingue

Espetáculo Moringa/ Crédito: Carlos Massingue

Oficina Devolve a pélvis o que é da pélvis/ Crédito: Carlos Massingue

Artistas do II Encontro/ Crédito: Carlos Massingue